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CUT: uma Central Sindical CONTRA os trabalhadores


A fuga da luta para assumir o lado do patrão e do governo

A CUT – Central Única dos Trabalhadores surgiu das lutas da classe trabalhadora da década de 1980, mas ao longo da década de 1990 já demonstrava se afastar dos trabalhadores quando aceitou a retirada de direitos importantes.

Como exemplo, podemos citar o banco de horas aprovado pelo Sindicato dos Metalúrgicos do ABC paulista e a reforma da previdência do FHC, que fez com que o trabalhador tenha que ter uma idade mínima e tempo de contribuição para conseguir se aposentar, quando antes era uma coisa ou outra. Ambos projetos que retiram direitos e que tiveram o aval da CUT.

Na virada do milénio, a submissão total

No Congresso da CUT do ano 2000, a central decidiu, pela primeira vez, apoiar a eleição do PT para o governo federal. Com isso, terminou por colocar o movimento sindical a reboque da política eleitoral e deu o golpe de misericórdia no princípio da autonomia da central frente aos partidos políticos.

Com a vitória do Lula, a CUT se mostrou um aliado dócil aos patrões e submissa ao governo. Aceitou a reforma da previdência que aumentou a idade de aposentadoria, encaminhada pelo PT em 2003, sem nenhuma luta. Além disso, os principais dirigentes sindicais traíram a categoria, trocando a luta por cargos de alto escalão do governo e das empresas estatais. Essa postura mostra que a CUT mudou de lado, enfraquecendo o movimento sindical.

Além de tudo, a CUT propôs redução salarial dos trabalhadores nos períodos em que o Estado defina que passamos por uma crise econômica. Isso é, propôs um “modelo europeu” de sindicato que reduza em até 30% dos salários no período de crise econômica.

Um exemplo é o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, que hoje assinam acordos de até 5 anos que rebaixam os salários por considerar a “folha salarial da empresa muito alta”. Isso é: o sindicato dos tra balhadores age como se estivesse com “pena” da empresa e defende reduzir os salários para aumentar o lucro do patrão.

A CUT chega ao absurdo de defender o “Acordo Coletivo Especial”, que prevê que o acordo coletivo de trabalho (firmado entre patrão e trabalhador) seja superior a CLT. Hoje o acordo firmado entre as partes, se melhorar a legislação para o trabalhador, tem força de lei, mas não é permitido que sejam firmados acordos que sejam piores que a legislação vigente.

Na proposta da CUT, será justamente esta parte que irá mudar, isso é, o acordo direto entre patrão e empregado poderá rebaixar as leis trabalhistas!

A CUT nos Correios não é diferente

Foram os cutistas, dirigidos pela Articulação Sindical, que impuseram as piores derrotas para a categoria, como o acordo bianual e o imobilismo frente ao ataque da MP532, que deu origem ao CorreiosPar S.A.

Por último, foram contrários a luta contra o Postal Saúde que gerou a maior greve da categoria, com 43 dias de paralização, mas que foi derrotada pela fuga da luta dos cutistas.

Por cada um destes ataques, a CUT não representa mais os trabalhadores como uma central sindical independente dos patrões e do Estado e autônoma frente aos partidos políticos, princípios que defendia quando foi criada. Hoje está comprovado que é uma Central Sindical CONTRA os Trabalhadores.

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