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Nem 13, nem 15 de março: todos os dias junto à classe trabalhadora!

Por que não marchamos com os governistas no dia 13, nem com os reacionários oportunistas no dia 15 de março Como trabalhadores, sofremos na pele com os ataques do governo PT. Sabemos que eles não estão ao nosso lado – e sim ao lado dos patrões, bancos e grandes empresas, que lucram a partir da exploração da classe trabalhadora. No governo FHC/PSDB, também fomos atacados – da mesma maneira que fomos em todos os governos anteriores. Sabemos que as mudanças em nossas vidas só são alcançadas através da nossa luta.

Defendemos e lutaremos com a classe trabalhadora para a construção de uma nova sociedade justa e sem exploração e não por golpes que não representam nossos anseios. É por isso que não marcharemos pró-Dilma no dia 13 de março, nem na manifestação do dia 15 de março que está sendo convocada por setores retrógrados e reacionários da população, que defendem que o país seja liderado pelos tucanos e partidos políticos similares, ou, ainda pior: sugerem um golpe militar. Esta seria a repetição do erro da ditadura brasileira, que torturou e assassinou milhares de trabalhadores e trabalhadoras nas cidades e nos campos.

Devemos manter a independência dos patrões e lutar contra a retirada de direitos

Os trabalhadores devem se organizar de forma independente dos patrões e seu Estado – eles são a classe dominante que oprime os trabalhadores, sendo organizados e munidos pelos seus partidos políticos burgueses e redes de repressão contra a população. Cabe somente a nós retomar a organização dos trabalhadores a partir dos locais de trabalho contra todo e qualquer ataque a nossa classe e rumo a novas conquistas!

Ao longo de toda nossa história, todos os direitos que conquistamos foram através da luta, e não da bondade dos patrões e governos. Por isso, não nutrimos nenhuma falsa expectativa por quem quer que esteja a frente do governo – PT, PSDB ou qualquer outro partido burguês – e nos mantemos firmes nas trincheiras dos trabalhadores empunhando nossas bandeiras, na luta em defesa dos nossos direitos!

PT: um partido CONTRA os Trabalhadores

Nos últimos 12 anos, enfrentamos o PT como nosso patrão, e vimos a face mais perversa deste partido que nasceu com os trabalhadores, mas que se transformou no oposto do que defendia em sua formação e que agora retira direitos trabalhistas e governa para os patrões, com sucessivas privatizações e concessões.

Foi no governo PT, liderado por Lula, que acabaram com o Postalis Benefício Definido (BD), o transformando em Postal Prev. Além de perdemos o auxílio funeral, natalidade e nupcial, passamos a ter um plano que sabemos o quanto custa para nós, mas não temos nenhuma garantia de quanto receberemos. Além disso, os trabalhadores agora suportam, sozinhos, o rombo que a ECT impõe ao fundo de pensão.

Mas este não foi o único ataque. O PCCS 2008 (da escravidão), reduziu o valor dos step’s de 5% para 2,3% no máximo. Também “aprovaram” o cargo amplo, que hoje dá autonomia para a ECT remanejar os trabalhadores para qualquer função. Conseguimos os 30% dos carteiros neste período, mas devemos lembrar que conquistamos esse direito com muita luta e três greves num mesmo ano – pelas nossas mãos, e não por bondade de governantes.

O governo Dilma seguiu com a retirada de direitos e impôs dois golpes muito duros contra a nossa categoria: primeiro em nosso plano de saúde, com a substituição do Correios Saúde pelo Postal Saúde, que desvinculou o plano da empresa e nos colocou como consumidores de um plano privado. O outro grande ataque é a privatização dos Correios, por meio da criação do CorreiosPar S.A., que permite à iniciativa privada explorar vários setores comerciais junto com os Correios por meio desta subsidiária.

Fora dos Correios, os governos petistas também não avançaram em direitos dos trabalhadores. Fizeram uma reforma da previdência que aumentou a idade da aposentadoria, e agora propõe uma nova reforma da previdência com o mesmo caráter. Transferiu recursos do setor público para o privado, como os programas PROUNI (que financia as universidades privadas ao invés das públicas), EBSERH (que transfere os hospitais universitários para serem explorados pelo capital). Além de privatizar sob o nome de concessão, como foi feito com os aeroportos e leilões, como os poços de Libras da Petrobras.

Por todos estes motivos os trabalhadores, com plena razão, se opõe a esse governo que age em prol da classe dominante e não irão assumir a defesa do governo nas manifestações de rua impulsionada pela CUT.

Se não apoiamos o governo Dilma por ser dos patrões, não apoiamos, de forma alguma, os setores que também representam os patrões, que propõe a derrubada dela para assumir seu posto.

PSDB: nosso inimigo de classe

Apesar de muitos de nós não termos acompanhado o período do PSDB no governo federal dentro dos Correios, sabemos bem o que representa a política tucana.

No Paraná, o governo Beto Richa, PSDB, já demonstrou claramente de que lado está. Iniciou o ano com calote nas férias e rescisão de contratos dos professores, corte no orçamento das universidades e destinação de verbas públicas para o setor privado ajudando a quebrar o caixa do estado. Para resolver o problema que ele mesmo criou, tentou colocar a mão no fundo da previdência dos trabalhadores do estado para cobrir seu próprio rombo.

No período FHC a frente do governo federal não foi diferente. Assumiu a postura de privatização das estatais, como a Vale do Rio Doce (que foi vendida de forma criminosa a preço de banana), Usiminas, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), e tentou vender o Correios e a Petrobrás.

Para impedir que a Petrobrás virasse Petrobrax, os petroleiros foram as ruas e fizeram uma greve histórica em 1995, que foi julgada como ilegal pelo TST com pesadas multas de 2,1 milhões a cada sindicato o que não intimidou os trabalhadores, que mantiveram a greve apesar da demissão de cerca de 88 trabalhadores. Como última medidade, o FHC mandou o exército ocupar as refinarias como forma acabar com a greve e obrigar os operários a voltar ao trabalho.

No ano seguinte, o mesmo governo comete uma chacina contra trabalhadores rurais sem terra, que ficou conhecido como “massacre do Eldorado dos Carajás”, que terminou com 22 assassinados e 63 trabalhadores feridos gravemente.

Nos Correios a luta também foi muito dura. Com a proposta do governo de privatizar a empresa os trabalhadores saíram às ruas e a resposta do tucana foi a mesma: repressão. A greve de 1997 acabou com mais de 150 demissões que tentamos, até hoje, reverter por meio da comissão da anistia.

Por isso dizemos em alto e bom som: não esquecemos a história e não seremos manipulados pelos patrões para participar de suas mobilizações conservadoras.

Nossa trincheira é a dos trabalhadores

Nos mantemos independentes do patrão e do Estado, por isso não aceitamos convocações para atos em defesa do governo nem para passar a faixa presidencial para outro inimigo da classe trabalhadora, mas seguiremos nas ruas e nas lutas em defesa dos nosso direitos.

Por isso, no dia 27 de fevereiro, nós, da Intersindical – Instrumento de Luta e Organização da Classe Trabalhadora fomos às ruas em várias cidades do país, atrasamos a produção industrial em várias fábricas e ocupamos da Diretoria Regional do Trabalho de SP contra as medidas provisórias da Dilma que retira direitos dos trabalhadores como as barreiras para o seguro desemprego e pensão por morte.

E no ramo postal também seguimos organizando as lutas a partir dos locais de trabalho e contra a privatização. No dia 17 de março está sendo organizada uma mobilização nacional contra a retirada de direitos que estão nos impondo!

Estamos e nos manteremos nas trincheiras que devemos estar, ao lado dos trabalhadores contra os patrões governistas ou dos oportunistas!

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